quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Tiras de Monitoração Glicêmica pela Prefeitura de São Paulo

Você é diabética? Conheça o programa de Automonitoramento Glicêmico da Prefeitura de São Paulo.<"O programa de Automonitoramento Glicêmico da Prefeitura Municipal de São Paulo oferece tiras de glicosimetria, lancetas e seringas de insulina para diabéticos cadastrados. Você não precisa receber o atendimento pelo SUS, pode pedir para seu médico particular ou de convênio preencher uma prescrição com suas necessidades de tratamento e procurar uma das Unidades Cadastradas para fornecimento dos insumos.Veja em http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/saude/programas/0009 e procure a mais próxima da sua casa." > Saiba mais.

domingo, 23 de agosto de 2009

Diabetes tipo I e gravidez


Os avanços no tratamento do diabetes melito tipo I permitiram que grande parte das diabéticas tenham qualidade de vida muito próxima do normal. Sem tanta preocupação com problemas da própria saúde, surgem desejos naturais, como o de ter um filho.
A gestação de mulheres diabéticas é sempre considerada uma gestação de alto risco, no entanto, com um bom acompanhamento pré-natal, os resultados assemelham-se aos de pacientes não diabéticas.
Leia nesse artigo dicas para uma gestação saudável em pacientes com diabetes e respostas a dúvidas frequentes.

Dica número 1:

Esteja com o diabetes bem controlado.

Não espere engravidar para verificar o controle, pois a gravidez em uma diabética mal-controlada aumenta os riscos de aborto nos primeiros 3 meses e também a chance de malformações do bebê.

Uma boa medida para avaliar seu controle é a hemoglobina glicada, ou hemoglobina glicosilada, um exame que reflete a média dos controles do açúcar no sangue nos últimos 2 a 3 meses. Atualmente, recomenda-se que a Hemoglobina glicada esteja menor ou igual a 6.5% para que a mulher comece a tentar uma gravidez.

Planeje antecipadamente as mudanças necessárias na sua rotina.

Isso não serve apenas para a gestação, afinal de contas, você está prestes a ter um bebê! Várias coisas mudarão na sua vida e você precisa ir se preparando.

Durante a gestação você deverá respeitar com rigor os horários das refeições e fazer um número maior de refeições por dia (as 3 principais e mais 3 pequenos lanches).

Será preciso um maior número de picadas de dedo (dextros) para avaliar as taxas de açúcar no sangue diariamente, durante toda a gravidez. Isso acontece porque a necessidade de insulina vai mudando com o evoluir da gestação, e o médico precisará ir ajustando as doses.

Você deve adotar uma dieta mais saudável, se possível com avaliações frequentes de uma nutricionista, para adequar sua alimentação ao tratamento do diabetes.

Portanto, comece a planejar o dia-a-dia, considerando seu trabalho, lazer e outras atividades, para que a gravidez chegue ao final com o melhor resultado possível.

Esteja no peso ideal

Além do bom controle da glicemia, estar no peso adequado ajuda a melhorar os resultados da gravidez para você e para o bebê.

Estabeleça um canal de comunicação entre o seu Endocrinologista e o seu Ginecologista e Obstetra

Durante a gestação, a boa comunicação entre esses profissionais é essencial para a tomada de decisões. Também é importante procurar um obstetra que tenha experiência no tratamento de gestantes diabéticas.

Se possível, faça uma consulta pré-concepcional

Assim o obstetra irá recomendar o uso antecipado de um suplemento nutricional chamado ácido fólico, que ajuda a prevenir malformações na coluna vertebral do bebê. Serão solicitados exames de doenças infecciosas que podem ser transmitidas ao bebê e reavaliados os seus exames do diabetes, para verificar o seu estado de saúde e modificações que possam ser necessárias antes de engravidar.

Esse é um bom momento para você tirar todas as dúvidas e sair segura sobre o planejamento da gestação.

Abaixo listamos algumas dúvidas frequentes entre as futuras mamães.

Posso usar qualquer tipo de insulina na gravidez?

Atualmente existem vários tipos de insulina disponíveis. A maior experiência é com o uso de NPH e insulina regular, entretanto se você usa outras insulinas, como a Lispro, Aspart, Detemir ou Glargina e está bem controlada, poderá continuar utilizando o mesmo tratamento.

Meu bebê vai ter diabetes?

O risco dos filhos de mães diabéticas desenvolverem diabetes é maior se comparado com mães que não tenham a doença. No entanto, esse risco fica por volta de 3%, o que, em termos absolutos, não é muito. Portanto, o risco de ter um filho que desenvolva o diabetes não deve desencorajar mulheres diabéticas de engravidarem.

Por ser diabética, preciso fazer mais exames durante o pré-natal?

Alguns exames extras estão indicados em diabéticas. Já na primeira consulta, você precisa ter exames do funcionamento dos rins, ecocardiografia e exame do fundo de olho no início da gravidez. Se você tem esses exames recentes, tudo bem.

Durante a gestação, o médico acompanhará suas glicemias e pedirá a hemoglobina glicosilada a cada 3 meses, para avaliar a evolução do controle.

As ultrassonografias deverão ser mais frequentes, aproximadamente uma por mês, para avaliar o crescimento do bebê e também a quantidade de líquido amniótico.

Estão indicadas duas ultrassonografias especiais: a ecocardiografia fetal, que avalia de modo mais completo a formação do coração do bebê e a dopplervelocimetria obstétrica, ou simplesmente ultrassom com doppler. Essa última tem um nome complicado, mas é um exame simples, que avalia a circulação do bebê e da placenta, com o objetivo de identificar se há um problema conhecido como insuficiência placentária (um defeito no funcionamento da placenta que pode dificultar o crescimento adequado do bebê).

Outro exame que pedimos em diabéticas com mais frequência é a cultura de urina, pois a doença predispõe a infecções urinárias durante a gravidez.

O parto deverá ser cesárea?

Não, caso a gravidez evolua bem e o bebê esteja num tamanho adequado, você poderá ter um parto normal.

O diabetes traz algum risco para a saúde do bebê?

O diabetes mal-controlado pode trazer riscos para a saúde do bebê.

No começo da gravidez pode levar a maior risco de malformações, especialmente defeitos na formação do coração fetal. Eleva-se também o risco de aborto.

É importante salientar que, apesar de haver aumento no risco dessas condições em comparação à população não diabética, a grande maioria dos bebês de gestantes com diabetes tipo I não apresenta qualquer malformação ao nascimento.

Do meio para o final da gestação podem aparecer outros problemas relacionados ao descontrole do diabetes, como por exemplo o crescimento excessivo do bebê, o que chamamos de macrossomia.

Aí você pergunta: mas não é bom o bebê crescer bastante? A resposta é não. Durante o parto, pode haver dificuldades se ele estiver acima do peso e, em alguns casos, será indicada uma cesárea.

Além disso, o fato do bebê crescer muito rápido não significa que ele esteja amadurecendo adequadamente. De fato, bebês de mães diabéticas descontroladas podem nascer com bom peso e ainda assim precisarem de cuidados intensivos depois do nascimento, pois o diabetes pode atrasar o amadurecimento dos pulmões.

Outra anormalidade que pode ocorrer é o aumento da quantidade de líquido dentro do útero (líquido amniótico), gerando desconforto no abdome da grávida, dificuldade para respirar e até mesmo desencadear um trabalho de parto prematuro pela distensão uterina.

A gravidez pode trazer complicações para a saúde da mãe diabética?

Felizmente, complicações graves não são comuns. As diabéticas que tem algum comprometimento da função dos rins, apresentam maior risco de doenças hipertensivas da gestação, principalmente a pré-eclâmpsia.

Faço contagem de carboidratos. Posso continuar?

Sim, mas haverá menor liberdade na escolha dos alimentos. Por exemplo, se você está acostumada a se esbaldar de chocolates e depois compensar com a insulina, isso não será permitido. Pense que QUALQUER gestante deve ter uma dieta adequada, independentemente de ser ou não diabética.

Idealmente, a nutricionista calculará sua necessidade dietética em termos de calorias e carboidratos para cada uma das refeições, e lhe dará várias opções do que comer, com uma dose aproximadamente fixa de insulina para cada refeição.

O emprego de correção de glicemia durante a gravidez não é o ideal, pois a gestante pode ficar várias horas com a glicemia elevada até que a correção seja feita. Na gestação, não queremos correr atrás do prejuízo, queremos nos antecipar a ele.

Depois do parto, poderei amamentar?

Sim, mas você deverá ter alguns cuidados. Sempre faça um pequeno lanche antes de cada mamada (como um copo de leite, por exemplo), pois a amamentação pode levar a hipoglicemias súbitas. Logo depois do parto, a necessidade de insulina pode diminuir bastante e as hipoglicemias ficam mais frequentes se a dose não for corrigida. Além disso, uma nutricionista irá orientá-la sobre o aporte calórico extra que você deverá ingerir enquanto estiver amamentando.

Em resumo, planeje-se, procure profissionais qualificados para acompanhá-la e tenha uma gestação tranquila!! Boa sorte!!

Saiba mais.

domingo, 16 de agosto de 2009

Teste de Gravidez

A menstruação atrasou e surgiu a dúvida: será que estou grávida? Quais são as opções para confirmar definitivamente a gestação?

Com muita frequência a primeira opção é o tradicional teste de farmácia, pela sua rapidez, ampla disponibilidade e discrição. A base do teste é a detecção do beta-HCG na urina, um hormônio produzido durante a gestação.
Os testes sanguíneos de gravidez precisam ser solicitados por um médico e funcionam da mesma maneira que os de urina, detectando a presença do beta-HCG. Eles apresentam sensibilidade maior que os testes de farmácia, pois conseguem detectar quantidades menores do hormônio da gravidez.
Além dos testes laboratoriais, existe a possibilidade de se diagnosticar a gravidez pela ultrassonografia. Abaixo listamos algumas das dúvidas mais comuns a respeito da confirmação da gravidez.
O teste de farmácia pode dar errado?
Os testes urinários disponíveis atualmente no mercado apresentam grande acurácia para o diagnóstico de gestação, com sensibilidade de aproximadamente 97 a 99,5%.
A ocorrência de falsos positivos (o exame dar positivo quando a mulher não está realmente grávida) é muito pequena para esse tipo de exame. Portanto, se você fez o teste e deu positivo, a chance de não estar grávida é mínima. Algumas condições podem predispor a falso-positivo no teste de farmácia, como por exemplo um aborto recente, a presença grande quantidade de sangue ou infecção na urina e o uso de medicações contendo hormônios semelhantes ao HCG, como alguns usados em tratamentos de fertilidade.
Os falsos-negativos (o exame dar negativo quando a mulher está de fato grávida) acontecem principalmente em fases muito iniciais da gestação, quando os níveis do hormônio beta-HCG podem estar baixos e não serem detectados pelo teste. Outro motivo para um falso-negativo é a urina diluída, portanto evite tomar muita água nas horas que precedem a realização do teste.
A partir de quando posso fazer o teste de farmácia?
Em condições normais, o teste de farmácia deverá ser positivo desde o primeiro dia de atraso menstrual, mas se você conseguir esperar, o ideal é realizá-lo a partir do quinto dia de atraso. Alguns testes podem dar positivo antes do primeiro dia de atraso, mas a sensibilidade na detecção da gravidez é menor do que depois do atraso menstrual.
Se o teste foi negativo e persiste a suspeita de gestação, você pode repetí-lo após 1 semana, pois nesse período a taxa de hormônios pode aumentar e ser detectada na urina. A maioria dos testes disponíveis no mercado brasileiro pode ser feita com a urina de qualquer horário do dia, no entanto, a primeira urina da manhã apresenta melhores resultados, pois é menos diluída e a concentração do beta-HCG fica maior.
Como saber o resultado do teste?
Tenha muita atenção na hora de interpretar o resultado do teste: sempre leia a bula com as instruções antes de começar. Observe rigorosamente o tempo para leitura do resultado. Muitos erros do teste da gravidez são na verdade erros na observação do resultado. Grande parte dos testes disponíveis oferecem o resultado na forma de duas listras verticais. Se aparecer apenas uma listra, o teste foi negativo. Duas listras: teste positivo. Nenhuma listra: provavelmente o teste não funcionou e deve ser repetido.
Em alguns casos, durante o tempo correto de leitura do teste, a segunda listra pode ficar mais clara que a primeira, gerando dúvida sobre a positividade do teste. Nesse caso, o teste é geralmente positivo, e a linha ficou provavelmente mais clara pois a quantidade de hormônio ainda não é muito grande. Nesse caso, o ideal é procurar um ginecologista para confirmar o resultado com um teste sanguíneo.
Atenção: não faça a leitura do teste depois do tempo orientado na bula. O aparecimento de uma segunda listra depois do tempo de leitura pode acontecer em alguns casos por evaporação da urina seca na fita.
Como funciona o teste sanguíneo de gravidez?
O teste no sangue segue o mesmo princípio do teste urinário, mas apresenta maior confiabilidade pois os níveis de beta-HCG são maiores na corrente sanguínea e podem aparecer mais cedo do que no teste de urina.
Além disso, o teste de gravidez no sangue pode determinar a quantidade do hormônio da gravidez e não apenas dizer se está positivo ou negativo. Essa avaliação quantitativa pode ser uma informação útil para o médico.
Posso fazer ultrassom para saber se estou grávida?
O ultrassom pode confirmar a gestação, no entanto para a avaliação inicial, o ideal são os testes laboratoriais que detectam os hormônios da gravidez. O que confirma uma gestação ao ultrassom é a presença de um saco gestacional (pequena bolsa contendo líquido que abriga o bebê) e mais adiante a observação do embrião com batimentos cardíacos presentes. Os testes laboratoriais de gravidez apresentam-se positivos antes desses elementos serem visíveis ao ultrassom. Isso acontece pois seu aparecimento na ultrassonografia segue uma cronologia bem definida. O saco gestacional aparece por volta de 5 semanas depois da última menstruação, o que corresponde aproximadamente a 7 a 10 dias de atraso menstrual. Uma semana depois aparece o embrião, por volta de seis semanas da ultima menstruação. Mais alguns dias e aparecem os batimentos cardíacos do embrião, confirmando, finalmente, que a gravidez é viável.
É comum mulheres fazerem a ultrassonografia com uma ou duas semanas de atraso menstrual e não haver sinal confirmatório de gestação. Nesse caso, deve-se repetir a ultrassonografia 7 a 10 dias depois para reavaliar se não apareceram as imagens do saco gestacional e do embrião. Isso pode acontecer porque em uma de cada três mulheres, o tempo de atraso menstrual não corresponde ao tempo exato da gravidez. Muitas vezes, a data da ovulação pode não corresponder exatamente com os cálculos do ciclo menstrual habitual, especialmente em mulheres com ciclos menstruais irregulares.
Como saber de quanto tempo estou grávida?
A melhora maneira de determinar o tempo exato de gravidez é a ultrassonografia obstétrica. Durante o exame, o médico irá avaliar se o tempo de gravidez calculado pela menstruação está compatível com o crescimento do embrião ao ultrassom.
Muitos testes de gravidez no sangue quantitativos (beta-HCG quantitativo) vem com uma tabela que indica a provável idade gestacional de acordo com a quantidade do hormônio detectada no sangue. Não se preocupe se o resultado não estiver batendo com as suas contas, pois isso é muito comum. O cálculo definitivo será feito pelo ultrassom e seu ginecologista irá explicar qual a data a ser seguida.
Fiz vários testes de farmácia negativos, mas continuo sem menstruar. O que está acontecendo?
Há vários motivos para a amenorréia (parada da menstruação), além de gravidez. Eles podem variar de distúrbios hormonais de várias origens até alterações do peso corporal. Portanto, o ideal é procurar um ginecologista para avaliar todas as possibilidades no seu caso e fazer os exames que forem necessários para esclarecer a causa.

O que fazer se os testes forem positivos?
Procure logo um ginecologista, para que ele possa solicitar os demais exames que confirmam a gestação, tais como o teste sanguíneo e a ultrassonografia obstétrica. Além disso, comece a tomar cuidados especiais com sua saúde, tais como evitar uso de medicações sem a orientação do médico, evitar exercício físicos muito intensos, parar de fumar, entre outras atitudes. Boa sorte!
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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Gripe Suína e Gravidez

A pandemia de gripe suína trouxe muita preocupação às mulheres grávidas. A imunossupressão relativa das gestantes faz com que elas sejam um grupo de risco para complicações graves da doença. Por esse motivo, o tratamento da gripe pelo vírus influenza A H1N1 com antivirais deve ser instituído o mais rápido possível.

Mulheres grávidas devem redobrar seus cuidados para evitar o contágio da doença, bem como seus familiares próximos. Apesar disso, para mulheres que estejam planejando engravidar, não existe ainda recomendação para retardar uma possível gestação.

Para mais informações, consultem o excelente artigo Gestantes com gripe por H1N1 devem iniciar tratamento antiviral o mais breve possível do Dr. Rafael Frederico Bruns, no site http://www.fetalmed.net
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domingo, 2 de agosto de 2009

Como escolher o melhor método anticoncepcional?'

Diante do grande número de opções em métodos anticoncepcionais disponíveis atualmente, muitas mulheres tem dúvidas sobre qual o melhor para cada uma delas. Durante várias semanas vamos esclarecer dúvidas sobre diversos métodos. Nesse primeiro artigo falaremos sobre a pílula anticoncepcional.
Muitas mulheres enfrentam dificuldades na hora de escolher um método anticoncepcional. Diariamente, os ginecologistas se deparam com pacientes que utilizaram diversos métodos, desistindo de cada um deles, sucessivamente, por motivos variados. Esse tipo de situação, além de expor a mulher ao risco de uma gestação indesejada, gera ansiedade e pode até mesmo prejudicar a vida sexual de um casal.
Existem atualmente no mercado inúmeros métodos anticoncepcionais, o que torna a possibilidade de que uma mulher não se adapte a nenhum deles extremamente remota.
Nas semanas seguintes, vamos esmiuçar os diversos tipos de anticoncepcionais, suas indicações, contra-indicações, efeitos colaterais e custo.
Hoje começaremos com um dos mais conhecidos e utilizados no Brasil: a PÍLULA ANTICONCEPCIONAL. Todas as pílulas anticoncepcionais são compostas de hormônios semelhantes aos hormônios femininos produzidos pelos ovários. Existem hormônios de dois tipos: o ESTROGÊNIO, principal hormônio da mulher e que nos confere as características femininas; e a PROGESTERONA, hormônio responsável pela manutenção da gravidez. Todas as pílulas anticoncepcionais são compostas por um desses hormônios, ou pela combinação dos dois (que corresponde à maioria das pílulas). Portanto, estamos falando de medicações hormonais, que carregam consigo diversas vantagens e desvantagens, das quais falaremos a seguir. A pílula é um método anticoncepcional de alta eficácia, com taxa de falha menor que 1% quando utilizada corretamente.
Há diversas vantagens no uso da pílula, além do fato de evitar a gravidez: ela regula o ciclo menstrual, tornando-o previsível. Diminui a intensidade do sangramento na menstruação e também as cólicas menstruais. Com frequência, observa-se melhora no aspecto da pele e redução da acne. Essa melhora acontece com todas as pílulas, mas algumas combinações específicas dos hormônios estrogênio e progesterona podem trazer benefícios maiores para a pele. Ainda em relação ao aspecto estético, a pílula pode diminuir os pelos corporais. Além disso, a maioria das mulheres que usam a pílula têm diminuição nos sintomas da TPM.
Os efeitos colaterais mais comuns da pílula anticoncepcional são transitórios, tais como enjôos ou irritabilidade, que podem aparecer nas primeiras semanas de uso, melhorando logo que o organismo se adapte aos hormônios. Algumas mulheres podem notar diminuição da libido ou alterações do humor. Diversos mitos envolvem efeitos colaterais da pílula, como os exemplificados a seguir:

A pílula engorda?

Em termos gordura propriamente dita, a resposta é não! A maioria das pílulas com dose hormonal baixa não causa alteração considerável do peso, embora possa se notar alguma retenção de líquido. O que fazer para evitar esse efeito colateral tão temido? A boa e velha combinação: exercícios físicos, dieta equilibrada e diminuir a quantidade de sal da dieta (pois isso contribui para a retenção hídrica).

A pílula causa varizes?

Essa é uma afirmação comum, no entanto as varizes são causadas por predisposição genética. Em pacientes predispostas, a pílula pode contribuir para o aumento de varizes ou varicoses, mas não é o único fator. Ganho de peso e sedentarismo são fatores que também contribuem.

A pílula pode afetar minha fertilidade?

Não, as pílulas anticoncepcionais não alteram a fertilidade. O que se observa, em alguns casos, é que pacientes que utilizaram pílula durante período longo de tempo podem demorar alguns meses (poucos) para regularização dos ciclos menstruais após pararem de usar a medicação. No entanto, isso não tem relação com a capacidade de engravidar.

Devo fazer pausa da pílula?

Muitas mulheres acreditam que não se deve usar a pílula durante muitos meses consecutivos. Isso, no entanto, não tem nenhum embasamento científico. Parar o uso da pílula para "desintoxicar o organismo" não trará nenhum benefício, além de levar ao risco de uma gravidez indesejada. Quando paramos o uso da pílula e retomamos logo a seguir, nosso organismo terá que se readaptar aos hormônios novamente.

Há contra-indicação para a pílula anticoncepcional ?

Mulheres que têm antecedente pessoal de trombose (trombose na perna, infarto, derrame) não devem utilizar medicações hormonais. Isso também vale se a mulher tem familiares próximos que tiveram esses mesmos problemas numa idade jovem.
O tabagismo e o uso concomitante da pílula aumentam o risco de problemas relacionados com a trombose, portanto se você fuma e usa pílula, mais um motivo para abandonar o vício.

A mulher pode utilizar a pílula em qualquer idade?

As pesquisas mais recentes a esse respeito, dizem que mesmo mulheres acima dos 35 anos podem utilizar pílula, sempre avaliadas pelo médico. Para essas mulheres, deve-se dar preferência a pílulas com menores doses de hormônios. Nas mulheres fumantes acima de 35 anos, o risco de problemas relacionados à pílula aumenta e deve-se repensar o seu uso.
Falando sobre doses de hormônios na pílula, as pílulas modernas possuem uma dosagem hormonal muito menor se comparadas às primeiras pílulas, aquelas responsáveis pela revolução sexual feminina. Hoje, contamos com medicações muito mais modernas, com doses menores e com uma ampla gama de possibilidades, cuja melhor escolha só pode ser avaliada pelo seu ginecologista. Converse com seu médico!!

Saiba mais.